quarta-feira, 30 de junho de 2010

Awotha Moto wa Mbava ' usufruiu lume erguido por Ladrao'

Era uma vez uma vez, um homem que viajava pela madrugada dum mês de inverno, depois de tanto caminhar e como estivesse a fazer muito frio, o homem resolveu parar para aquecer o seu corpo ao lume erguido por um desconhecido, acontece que em redor do fogo havia espigas de macarocas e as respectivas cascas. passando algum tempo eis que aparece uma senhora que depois de ter sido roubada na sua machamba, seguindo o trilho, acabou desaguando no fogo em que o viajante estava usufruindo. sem papas na língua a senhora acusa o homem de ladrão.O Coitadinho do homem, tentou em vão se justificar, embora com razão não conseguiu provar a sua inocência, uma vez que todas as matérias de prova o incriminavam. O ladrão foi feliz e eficiente escapuliu sem deixar rasto. Como mandavam as regras da sociedade o homem foi obrigado a pagar os prejuízos e o mais agravante ainda, foi perder a sua reputação na sociedade.

Moral da historia:

Nos nossos dias correntes, tem sido muito frequente muitos indivíduos serem acusados e pagarem por actos que não cometeram.
Dedico este conto aos jovens que tem sido obrigado a assumirem por gravidez que não são da sua autoria e particularmente dedico ao meu primo que a dias me pediu conselho sobre um assunto relacionado com o do texto.

Este conto fora me contado por meu avo em língua Sena, quando ainda era miúdo.

Pela experiência Própria eu tive uma estoria semelhante, era numa época em que eu frequentava o liceu na cidade de Tete, fui em em gozo de ferias numa pacata zona na aldeia de Chinsomba-Mutarara, naquele período possuir sapato era coisa do outro mundo, eu tinha umas sapatilhas compradas nas "calamidades", pela noite dentro fui conversar com a minha amiga da adolescencia Marieta, fazendo-me de espertalhão, muito cedo ou seja logo no primeiro galo, sai da casota da Marieta para minha casa. Entrei e sai de la seguro que ninguém havia me visto. Qual o espanto as sete horas da manha, o pai da Marieta estava a conversar com o meu pai em nossa casa, sem desconfiar de nada sai para o saudar, ele reparou nas pisadas das minhas sapatilhas e disse para meu pai que estava ai, para pedir aos meus pais para irem oficializar a minha cerimonia de namoro com a Marieta e que para tal teriam que pagar multa avultada, uma vez que violei a casa dos sogros desrespeitando com as regras da família e da sociedade. Tentei em vão desmentir afirmando que não violei patavina e que queriam se aproveitar de mim e quem passou tamanha vergonha com isso, foram os meus pais, que foram obrigados a irem ate ao local para testemunharem as veracidades dos factos, chegado ao local as marcas das minhas sapatilhas "amazon", estavam la patente e por sinal eu era o único que tinha sapatos com aquela textura.
Fez-se todas cerimonias e compromissos possíveis e o que me fez escapar ou separar-me da Marieta, foi porque de seguida as ferias terminaram, voltei a cidade de Tete e meses depois Mutarara esteve intransitavel por motivos de guerra e só voltei depois de terminada a guerra e a Marieta já tinha três filhos do outro.